O Brasil está vivendo o ciclo mais longo de aumento da desigualdade. O Índice de Gini mede a concentração de renda e, segundo o diretor do FGV Social, Marcelo Neri, há quatro anos a concentração vem aumentando exponencialmente.
Neri afirma que a concentração de renda e aumento das desigualdades sócio-econômicas são fruto do aumento do desemprego, que atinge mais de 12 milhões de pessoas. “O principal fator que influencia o aumento da desigualdade é o desemprego, que, embora apresente sinais de alguma recuperação, ainda é grande no país”, afirmou.
Quando há um aumento do desemprego, a tendência do mercado de trabalho é reconhecer ainda mais a instrução dos trabalhadores e, por isso, diferenciá-los na remuneração também. O Índice de Gini varia de zero a 1, sendo que quanto mais próximo a 1, mais desigual é o país. O índice do Brasil no segundo trimestre de 2019 alcançou 0,6291.