Medida tem como objetivo combater os efeitos econômicos do novo coronavírus, aumentando o acesso ao crédito
O Comitê de Política Monetária (Copom) aprovou nesta quarta-feira (5) a redução da Selic de 2,25% para 2% ao ano. É a menor taxa básica de juros da série histórica, que começou a ser registrada em 1996. A decisão de cortar a taxa em 0,25% foi unânime. O objetivo é estimular a economia e diminuir os impactos econômicos da crise do novo coronavírus.
A redução foi a nona seguida promovida pelo Copom, e teve como base os baixos níveis da inflação. De acordo com o mais recente boletim Focus, do Banco Central, a expectativa é que a inflação para 2020 seja de 1,6%, abaixo do piso da meta, que é de 2,25%. “O nível de ociosidade pode produzir trajetória de inflação abaixo do esperado. Esse risco se intensifica caso uma reversão mais lenta dos efeitos da pandemia prolongue o ambiente de elevada incerteza e de aumento da poupança precaucional”, diz o comunicado do Copom.
Com uma Selic menor, os bancos tendem a diminuir os juros, barateando o crédito. Em consequência, mais dinheiro é colocado em circulação e empresas e consumidores têm maior poder para investir e adquirir bens. A Selic também vai ter reflexo na caderneta de poupança, que deve ter retorno menor – de 1,4% ao ano.