A MP PIS/Cofins tem gerado uma onda de reações negativas entre diversos partidos políticos que possuem grande influência no Executivo e no próprio Congresso Nacional. O texto taxa exportações com o intuito de compensar a manutenção da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores e dos pequenos municípios. Contudo, a MP PIS/Cofins foi imposta sem diálogo prévio com a sociedade civil e os parlamentares. Os senadores e deputados demonstram preocupação com os impactos econômicos dessa medida.
Entre os partidos que se manifestaram contrários à MP PIS/Cofins estão o PSDB, MDB, DEM, PSD e o PSOL. O PSDB criticou a falta de consulta e o impacto negativo sobre os setores produtivos e consumidores. Já o MDB destacou a necessidade de uma revisão para evitar o aumento da carga tributária que afeta diretamente os preços de insumos e combustíveis, temendo uma alta na inflação.
O DEM, por sua vez, apontou que a medida provisória poderá prejudicar a competitividade das empresas brasileiras, especialmente em um momento delicado da economia. O PSD ressaltou a importância de um debate mais amplo para buscar alternativas que não penalizem os consumidores e produtores rurais. O PSOL, tradicionalmente crítico a medidas que impactam os mais vulneráveis, destacou o risco de aumento do preço dos alimentos e medicamentos.
A articulação dos partidos contrários à MP PIS/Cofins está em pleno andamento, com líderes partidários organizando reuniões e debates para discutir estratégias de oposição à medida. A intenção é pressionar o governo para a devolução da MP, buscando um diálogo mais transparente e democrático. A união dessas forças políticas reflete a preocupação comum com os efeitos econômicos e sociais da medida, que já começa a causar inquietação entre os consumidores e diversos setores econômicos.