A Conferência Nacional da Indústria (CNI) encaminhou nesta quarta-feira (18) para o governo um conjunto de 37 propostas de medidas nas áreas de tributação, política monetária e normas regulatórias voltadas para o enfrentamento da crise do coronavírus. A avaliação da CNI é que as medidas emergenciais para os próximos três meses devem focar nas empresas industriais e de serviços, e não aumentar a demanda.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, disse que as dificuldades para produzis poderão levar diversas empresas eficientes à falência. Segundo Andrade, “o uso de recursos públicos, escassos devido à situação fiscal, deve ser direcionado ao fortalecimento do sistema de saúde e ao alívio da situação financeira das empresas, para que se assegure a preservação dos empregos”.
Entre as medidas estão a facilitação, por parte dos bancos públicos e de desenvolvimento, do acesso a capital de giro, inclusive para empresas que têm crédito imobiliário, com condições diferenciadas de juros, carência de pelo menos seis meses, prazo ampliado e flexibilização das garantias. Na área trabalhista, as propostas têm como principal objetivo dar segurança para que as empresas tenham a flexibilidade necessária para se adequarem às restrições à circulação de pessoas, o que traz impacto às rotinas produtivas.