A escalada do dólar americano tem contrariado as projeções dos principais economistas do mundo. Na quinta-feira (7), o dólar fechou a R$ 5,8360, com alta de 2,3%. Faltam R$ 0,164 para bater os R$ 6 simbólico e R$ 2,02 de bater o recorde da maior alta real, em que a inflação é considerada.
Até semana passada, os analistas e economistas projetavam a impossibilidade matemática da cotação chegar a R$ 6. Em março, quando o dólar estava a R$ 4,65, o ministro Paulo Guedes afirmou que a moeda chegaria a R$ 5 caso “muita besteira” fosse feita.
A flutuação do câmbio tomou outro rumo após o corte do Banco Central à taxa básica de juros, Selic, que foi cortada de 3,75% ao ano para 3%, nesta quarta-feira (6).
A crise entre o Executivo e os demais poderes, somada à pandemia de coronavírus e a crise econômica em decorrência do mesmo, além da saída do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro e do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, elevam o cenário de incertezas.