O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, participa nesta quarta-feira (13) de webinar da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. Nela, falará também o presidente da entidade, Rubens Hannun, e os seus vice-presidentes.
O tema será o relacionamento com os países árabes no novo contexto mundial determinado pelo novo coronavírus (covid-19) e no cenário que se desenhará depois da pandemia. A Câmara Árabe convidou Hamilton Mourão para o webinar para trazer o governo também para a formulação dessa estratégia de aproximação no novo cenário.
O presidente da Câmara Árabe relatou que na última vez que esteve nos países árabes, no começo deste ano, quando o coronavírus começava a se disseminar na região, ouviu de um interlocutor um questionamento sobre como o Brasil colaboraria com seu país no período. Hannun afirma que em função de o Brasil ter privilegiado o fornecimento aos países árabes na crise, de não ter interrompido o comércio durante a crise, houve um reforço da confiança. Também afloraram as parcerias estratégicas e o trabalho colaborativo que já existiam e a necessidade de que sejam intensificados.
Mesmo com a crise da pandemia, os portos árabes não fecharam e não há previsão de fechamento, graças a uma série de medidas para conter possíveis contaminações, como proibição de trocas de tripulações e atraques de navios turísticos. A experiência portuária deverá entrar na pauta do webinar.
A Câmara Árabe já promoveu outros três webinars, um deles envolvendo o Poder Legislativo, quando foi lançado o Grupo Parlamentar Brasil-Países Árabes; outro com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina; e também com o setor de logística.
Os países árabes que mais vendem ao Brasil são Arábia Saudita, Argélia, Marrocos, Emirados Árabes e Catar. Em 2019, o bloco de 22 países árabes foi o terceiro maior destino das exportações brasileiras, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Foram exportados US$ 12,24 bilhões em produtos, principalmente carne bovina e de frango, açúcar, minério de ferro e milho, o que representa uma alta de 6,7% em relação ao ano anterior. As importações somaram US$ 6,99 bilhões, queda de 8,3% no mesmo comparativo. Os principais produtos comprados foram petróleo, fertilizantes, plásticos, alumínio e peixes congelados.