Brasília tem a maior concentração de ricos no país

Foto: Paulo H. Carvalho /Agência Brasília

Em pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), Brasília aparece como a unidade da federação com mais renda do país, ou seja local que concentra mais ricos. De acordo os dados do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, a média de renda por pessoa na cidade é de R$ 3.148. Em seguida, vem São Paulo com R$ 2.063 e Rio de Janeiro com R$ 1.754.

O economista e professor da FGV, Gabriel Quintanilha, explica que a alta renda em Brasília se dá pela grande quantidade de funcionários com altos cargos na cidade. Além disso, o aumento da renda pode ser influenciada, principalmente, pelos serviços públicos.

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– Brasília é uma cidade com extensão territorial muito pequena, mas tem uma concentração muito grande de funcionários do primeiro escalão do Serviço Público Federal. Desse modo, a alta renda se explica pelo serviço público que responde por mais de 50% da economia local de Brasília – pontuou Quintanilha.

Foto: divulgação/Sebrae

O especialista ainda explicou que a tendência da economia da capital federal é de crescimento. De acordo com o economista, outro fator que influenciou o resultado foi o aumento de salários que ocorrem, tradicionalmente, nos governos do PT.

De um extremo ao outro

Nos outros estados do país é possível a observar o aumento da desigualdade social. A Unidade da Federação com a menor declaração de patrimônio por habitante é o Maranhão com R$ 6.3 mil.

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O estudo ainda aponta a desigualdade social dentro do próprio estado do Distrito Federal. O pesquisador do estudo e diretor da FGV Social, Marcelo Neri, afirma que dentro do próprio estado há diferença de renda quando se compara as comunidades do estado com o Lago Sul, por exemplo.

Sol Nascente – Distrito Federal
Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

– Quando se olha para localidades específicas a gente percebe o tamanho da desigualdade dentro das comunidades. Como o Sol Nascente que tem uma renda abaixo e cidades como o Lago Sul que tem uma renda aproximadamente de R$ 24 mil reais por pessoa – explicou Neri.

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Se a imagem da distribuição de renda é ruim, o filme da pandemia também acabou sendo. Contudo, mesmo com o Auxílio Emergencial a desigualdade brasileira não abaixou durante a pandemia. Pela abordagem usual o Gini teria caído de 0,6117 para 0,6013, já na combinação de bases o Gini, sobe de 0.7066 para 0,7068.

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