Brasileiros têm R$ 7,79 bilhões esquecidos em bancos, diz Banco Central

O Banco Central (BC) divulgou, nesta sexta-feira (5), que ainda existem R$ 7,79 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro brasileiro até o final de fevereiro. Desse montante, o Sistema de Valores a Receber (SVR) já devolveu R$ 6,23 bilhões, provenientes dos R$ 14,02 bilhões disponibilizados pelas instituições financeiras.

Foto: Freepik

As estatísticas do SVR, embora divulgadas com dois meses de defasagem, revelam que até o final de fevereiro, apenas 30,19% resgataram seus valores. Ao todo, 63.064.184 correntistas foram listados desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Dos valores já resgatados, 18.044.139 correspondem a pessoas físicas, enquanto 992.894 são pessoas jurídicas. Ainda há um número significativo de correntistas que não efetuaram o resgate, totalizando 40.853.231 pessoas físicas e 3.173.920 pessoas jurídicas.

A maioria desses valores não resgatados refere-se a pequenas quantias. Nesse sentido, 63,48% dos beneficiários têm direito a valores de até R$ 10. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,14% dos correntistas, enquanto quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,65%. Apenas 1,72% têm direito a valores superiores a R$ 1 mil.

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

Após um período de inatividade de quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com a introdução de diversas melhorias, incluindo novas fontes de recursos, um sistema de agendamento atualizado e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas.

Estatísticas do Banco Central

No mês de fevereiro, houve um montante de R$ 215 milhões resgatados, uma queda em relação ao mês anterior, quando foram retirados R$ 244 milhões. Entre as melhorias implementadas, destacam-se a impressão de telas e protocolos de solicitação para compartilhamento no Whatsapp. Além disso, a inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR e uma sala de espera virtual para consultas mais ágeis.

Transparência

Atualmente, o SVR permite a consulta a valores de pessoas falecidas, com acesso para herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais. Portanto, proporciona transparência para titulares de contas conjuntas. Também foram incluídas novas fontes de recursos esquecidos, como contas de pagamento encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras, entre outros.

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