Brasil busca novos fornecedores de fertilizantes para diminuir dependência da Rússia

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil é um grande importador de fertilizantes e entre os seus fornecedores está a Rússia, que lançou uma ofensiva militar contra a Ucrânia. Mesmo com a situação de conflito e com as sanções econômicas contra o país, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) afirma que o Brasil tem estoque suficiente para evitar o desabastecimento.

De acordo com a ministra Tereza Cristina, o país tem fertilizante suficiente para abastecer o mercado interno até outubro.

“A safra brasileira que acontece nesse momento, que é a safrinha, a nossa safra maior, já está acontecendo. O fertilizante que ela precisava já chegou, está muito adiantada”, declarou.

De acordo com a ministra, ainda é cedo para avaliar o impacto do conflito no leste europeu sobre os preços dos alimentos no mercado brasileiro.

O Brasil importa mais de 80% dos fertilizantes que consome, principalmente na categoria de adubos nitrogenados, fósforo e potássio, o chamado grupo NPK. No caso do potássio e dos nitrogenados a dependência externa chega a 95%. A curto prazo, a ministra da Agricultura disse que já tem planos para que o Brasil não seja prejudicado e para que ocorra uma redução da dependência que se tem com relação ao mercado externo.

“O plano ‘A’ é buscar outros parceiros, de quem teremos que importar talvez quantidades menores, mas que são parceiros importantes nesse momento. O Chile tem potássio, então nós estamos já fazendo reunião. Temos a ureia que é um outro problema, dos nitrogenados, que nós temos muitos países na região do Oriente Médio [que podem fornecer]. Então temos outras alternativas para suprir essa deficiência que a gente pode vir a ter”, disse.

A estratégia de diversificação de fornecedores de insumos agrícolas faz parte do Plano Nacional de Fertilizantes. Como revelou O Brasilianista, o texto base do plano está pronto, mas passa por ajustes no Ministério da Economia e na Casa Civil. Com o agravamento da crise, a ministra estipulou o prazo de 17 de março para o lançamento.

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