A balança comercial brasileira fechou com superávit de US$ 649 milhões e corrente de comércio de US$ 7,426 bilhões, na segunda semana de dezembro deste ano, com exportações de US$ 4,037 bilhões e importações de US$ 3,389 bilhões. No mês, as exportações chegaram a US$ 9,068 bilhões e as importações, US$ 6,816 bilhões, com saldo positivo de US$ 2,253 bilhões e corrente de comércio de US$ 15,884 bilhões. Já no ano, as exportações somaram US$ 214,932 bilhões e as importações, US$ 171,605 bilhões, com saldo positivo de US$ 43,327 bilhões e corrente de comércio de US$ 386,536 bilhões.
Quanto à análise da semana, a média das exportações totalizou US$ 807,5 milhões, ou seja, 19,7% inferior à média de US$ 1,006 bilhão da primeira semana. Isso porque houve uma baixa nas exportações das três categorias de produtos: semimanufaturados (-50,4%, de 128,2 milhões para US$ 63,6 milhões, devido a celulose, ferro-ligas, semimanufaturados de ferro/aço, açúcar em bruto, ouro em formas semimanufaturadas); manufaturados (-23,1%, de US$ 332,5 milhões para US$ 255,7 milhões, por conta de óleos combustíveis, aviões, automóveis de passageiros, gasolina, suco de laranja não congelado) e básicos (-10,5%, de US$ 545,5 milhões para US$ 488,1 milhões, em razão de petróleo em bruto, milho em grão, farelo de soja, algodão em bruto, carnes bovina e de frango).
No que diz respeito às importações, queda de 1,1% ante o mesmo período comparativo (média da segunda semana, US$ 677,7 milhões sobre a média da primeira semana, US$ 685,4 milhões), em virtude sobretudo do decréscimo nos gastos com equipamentos eletroeletrônicos, químicos orgânicos e inorgânicos, aeronaves e peças, filamentos e fibras sintéticas e artificiais, siderúrgicos.
Quanto à análise do mês, nota-se que as exportações, ao comparar as médias até a segunda semana de dezembro deste ano (US$ 906,8 milhões) com a de dezembro do ano passado (US$ 967,3 milhões), diminuíram 6,2%, graças à queda nas vendas de produtos semimanufaturados (-26,9%, de US$ 131,3 milhões para US$ 95,9 milhões, devido a celulose, semimanufaturados de ferro/aço, ferro-ligas, ferro fundido, açúcar em bruto) e manufaturados (-15,8%, de US$ 349,2 milhões para US$ 294,1 milhões, em razão de aviões, partes de motores e turbinas para aviação, polímeros plásticos, laminados planos de ferro/aço, motores para veículos automóveis e suas partes).
No entanto, houve um aumento na venda de produtos básicos (+6,2%, de US$ 486,7 milhões para US$ 516,8 milhões, puxado pelo petróleo em bruto, milho em grão, carnes bovina, suína e de frango, algodão em bruto). Em relação a novembro deste ano, percebe-se um incremento de 3,1% devido à expansão nas vendas de produtos básicos (+14,9%, de US$ 449,6 milhões para US$ 516,8 milhões). Por outro lado, caíram as vendas de produtos semimanufaturados (-17,8%, de US$ 116,6 milhões para US$ 95,9 milhões) e manufaturados (-6,2%, de US$ 313,6 milhões para US$ 294,1 milhões).
No que diz respeito às importações, a média diária até a segunda semana de dezembro deste ano, de US$ 681,6 milhões, foi 5,5% superior à média de dezembro do último ano (US$ 645,8 milhões). Nessa comparação, percebe-se um aumento nos gastos, em especial com plásticos e obras (+35,4%), equipamentos eletroeletrônicos (+31,8%), veículos automóveis e partes (+30,0%), equipamentos mecânicos (+27,8%), químicos orgânicos e inorgânicos (+18,1%). Em relação a novembro deste ano, é possível verificar uma retração de 3,8% nas importações, puxada pela queda em aeronaves e peças (-42,1%), combustíveis e lubrificantes (-32,9%), adubos e fertilizantes (-29,7%), cobre e suas obras (-27,5%), farmacêuticos (-11,8%).