Balança comercial: superávit de US$ 1,759 bilhão na 3ª semana de julho

Foto: Germano Lüders/EXAME

A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,759 bilhão e corrente de comércio de US$ 6,812 bilhões, na terceira semana de julho deste ano, com exportações de US$ 4,286 bilhões e importações de US$ 2,527 bilhões. Ainda segundo os dados divulgados hoje (20) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, as exportações somaram, no ano, US$ 112,863 bilhões e as importações, US$ 85,868 bilhões, com saldo positivo de US$ 26,996 bilhões e corrente de comércio de US$ 198,731 bilhões.

Quanto à análise do mês, as exportações diminuíram 2,2% ao comparar a média diária até a terceira semana de julho deste ano (US$ 857,2 milhões) com a de julho de do ano passado (US$ 876,13 milhões), sobretudo por conta da queda nas vendas na indústria extrativa (-0,2%) e de produtos da indústria de transformação (-10,9%). No entanto, subiram as vendas em agropecuária (+19,2%).

Essa baixa nas exportações explica-se pela redução nas vendas dos seguintes produtos da indústria extrativista: minério de ferro e seus concentrados (-3,1%); minérios de alumínio e seus concentrados (-54,0%); outros minerais em bruto (-31,4%); pedra, areia e cascalho (-8,1% ) e carvão, mesmo em pó, porém, não aglomerado (-92,5%). No que concerne os produtos da indústria de transformação, a as exportações caíram em razão, especialmente, de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas ( -26,6%); produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço ( -44,2%); veículos automóveis de passageiros ( -43,8%); instalações e equipamentos de engenharia civil e construtores, e suas partes ( -65,0%) e obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns ( -67,4%).

Em relação às importações, a média diária até a terceira semana de julho deste ano (US$ 497,78 milhões) foi inferior 5,5% ante a média de julho de 2019 (US$ 772,15 milhões). Nessa comparação, percebe-se um decréscimo nos gastos, sobretudo com agropecuária (-15,2%), indústria extrativa (-54,9%) e com produtos da indústria de transformação (-34,3%).

O motivo da redução das importações está relacionado à queda dos gastos com os seguintes produtos da indústria de transformação: óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (-72,4%); plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (-98,3%); obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (-54,9%); partes e acessórios dos veículos automotivos (-62,8%) e veículos automóveis de passageiros (-74,0%). No que diz respeito à agropecuária, a diminuição nas importações foi causada pela baixa de gastos nas compras com trigo e centeio, não moídos (-16,1%); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (-46,0%); látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-52,8%); milho não moído, exceto milho doce (-65,9%) e frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-18,6%). Verificou-se ainda que esse decréscimo nas importações também foi puxado pela queda no gasto nas compras com os seguintes produtos da indústria extrativista: óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-49,9%); carvão, mesmo em pó, porém, não aglomerado (-74,5%); outros minérios e concentrados dos metais de base (-76,2%); minérios de cobre e seus concentrados (-85,2%) e gás natural, liquefeito ou não (-13,7%).

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