Appy vai à Câmara debater regulamentação da Reforma Tributária nesta semana

O Secretário Extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, irá à Câmara para debater a regulamentação da Reforma Tributária na próxima semana. A audiência pública faz parte da agenda do Grupo de Trabalho (GT), criado para acelerar o debate da proposta. O GT ouvirá o secretário na terça-feira (28).

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Pela manhã, Appy deve detalhar a proposta enviada pelo governo ao GT, conforme o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). Na parte da tarde, o grupo receberá representantes das principais confederações dos setores econômicos, entre eles da indústria e dos transportes. 

A audiência pública é a primeira do GT. O grupo realizará debates semanais, a fim de concluir as discussões para a elaboração do parecer antes do recesso parlamentar. Isso porque a intenção do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), é votar e aprovar o parecer antes do intervalo das atividades do Legislativo, que se inicia no dia 18 de julho. 

Assim, o Senado pode debater a proposta no segundo semestre. Tanto Arthur Lira, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), querem aprovar a regulamentação até o final do ano. 

Como funcionará o GT que regulamenta a Reforma Tributária?

O grupo terá quatro audiências públicas por semana, nas terças-feiras e quintas-feiras. As reuniões serão no período da manhã e da tarde. Além disso, os estados também realizarão debates nos âmbitos estaduais, uma vez que a Reforma Tributária também impacta a forma da arrecadação estadual. 

Conforme explicou o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), o GT não terá relator nem coordenador. As decisões serão conjuntas. São 7 deputados que compõem o grupo de trabalho e pertencem às maiores bancadas da Câmara dos Deputados. 

Brasília (DF) 20/04/2023 Deputado, Claudio Cajado, será o relator do projeto do arcabouço fiscal.
Lula Marques/ Agência Brasil.

Integram o GT:

  • Reginaldo Lopes (PT-MG); 
  • Cláudio Cajado (PP-BA); 
  • Hildo Rocha (MDB-MA); 
  • Joaquim Passarinho (PL-PA); 
  • Augusto Coutinho (Republicanos-PE); 
  • Moses Rodrigues (União-CE) 
  • Luiz Gastão (PSD-CE).

– Nós vamos compartilhar todas as decisões de forma uníssona. Iremos encaminhar os debates, os atendimentos, as mesas de diálogo, as audiências entre os sete. E se tiver discordância? Vamos discutir entre nós e, obviamente, exaurir essas discussões, até porque essa é uma matéria muito técnica – disse Cajado. 

De acordo com o deputado, o texto pode ser assinado ainda pelos sete deputados que pertencem ao grupo.

O que diz a proposta?

A proposta regulamenta os três impostos criados pela emenda constitucional da Reforma Tributária: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS).

O IBS substituirá o ICMS (estadual) e o ISS (municipal). Já o CBS unificará os tributos federais, o PIS/Cofins e o IPI. Por outro lado, o Imposto Seletivo se destinará a itens de consumo que são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. 

Foto: Freepik

De acordo com Reginaldo Lopes, a mudança corrigirá distorções, ao cobrar o imposto no destino e não na origem. O deputado também disse que a proposta acaba com a cumulatividade da tributação brasileira, além de não cobrar imposto nas exportações e em investimentos. 

– Com a modernidade do Brasil, tecnologicamente, nós podemos reduzir uns 3% de fraude, inadimplência, sonegação. Isso é muita coisa, para uma nação como nosso País, que precisa de mais recursos, precisa de equilíbrio fiscal, precisa reduzir a carga tributária – completou Lopes.

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