Após queda, PIB cresce 0,8% no primeiro trimestre de 2024

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2024, acelerando em relação ao trimestre anterior. Pois o mês de maio registrou uma queda de 0,1%. Em valores nominais, a economia brasileira movimentou R$ 2,7 trilhões de janeiro a março. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados nesta terça-feira (4). Este crescimento é um indicador positivo para a economia brasileira, superando ligeiramente a mediana das projeções dos analistas do mercado financeiro, que esperavam uma expansão de 0,7%.

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

O Monitor do PIB, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), também indicou um crescimento de 0,7% no primeiro trimestre de 2024 em comparação ao anterior. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, que não incorpora dados da demanda, revelou uma expansão de 1,08% no período. No entanto, esses dados não consideram o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, que começaram no início de maio e devem afetar a atividade econômica no segundo trimestre de 2024. Este crescimento trimestral de 0,8% é o maior desde o segundo trimestre de 2022, quando o aumento foi de 0,9%.

No acumulado de um ano, a economia brasileira desacelerou de 2,9%. No quarto trimestre de 2023 para 2,5%. Já no primeiro trimestre de 2024, registrou a menor taxa desde o segundo trimestre de 2021, que foi de 2,4%. O crescimento de 2,5% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior também foi inferior aos 4,2% registrados no primeiro trimestre de 2023. A taxa de investimento caiu de 17,1% no primeiro trimestre de 2023 para 16,9% no mesmo período de 2024, enquanto a taxa de poupança aumentou de 16,2% para 17,5%.

Setores que influenciam no PIB

O crescimento de 0,8% no PIB do Brasil foi impulsionado principalmente pelo setor agropecuário, que cresceu 11,3% em comparação ao trimestre anterior. O setor de serviços avançou 1,4%, com destaques para o comércio (3%), informação e comunicação (2,1%) e outras atividades de serviços (1,6%). Em contraste, a indústria recuou 0,1%, com quedas em eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos (-1,6%), construção (-0,5%) e indústrias extrativas (-0,4%). Do lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 1,5%, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aumentou 4,1%. As exportações de bens e serviços tiveram um ligeiro aumento de 0,2%, e as importações cresceram 6,5%.

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