Alta do dólar: bolsa de valores cai ao menor nível desde 2022

Nesta quarta-feira (5), o mercado financeiro brasileiro viveu mais um dia de tensão. O dólar comercial se aproximou de R$ 5,30, atingindo o maior valor desde janeiro de 2023, enquanto a bolsa de valores registrou quedas contínuas, mantendo-se no menor nível desde novembro do ano passado. Esses movimentos reforçam a volatilidade que tem caracterizado o cenário econômico atual.

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O dólar comercial encerrou o dia sendo vendido a R$ 5,297, marcando um avanço de R$ 0,012 (+0,23%). Após um início de sessão com variações, a moeda americana consolidou sua tendência de alta a partir das 13h, alcançando o pico de R$ 5,30 por volta das 15h40. Esta cotação representa o valor mais alto desde 5 de janeiro de 2023. Com isso, a moeda acumula um aumento de 1,71% em uma semana e de 9,15% ao longo de 2024.

Simultaneamente, o mercado de ações enfrentou outro dia de perdas. O índice Ibovespa da B3 caiu 0,32%, fechando aos 121.407 pontos. Embora as ações de empresas do setor de varejo tenham mostrado desempenho positivo, a queda geral foi puxada para baixo por papéis de mineradoras. A nova redução no preço internacional do minério de ferro foi um fator determinante para essa baixa, refletindo a fragilidade do mercado de commodities.

Impactos das commodities

A redução no valor das commodities, especialmente do minério de ferro, contribuiu significativamente para a instabilidade no mercado financeiro brasileiro. Além disso, dados robustos do setor de serviços nos Estados Unidos aumentaram as preocupações. O desempenho positivo desse setor sugere que o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, enfrentará desafios para controlar a inflação. Taxas de juros elevadas em economias desenvolvidas frequentemente resultam na fuga de capitais de mercados emergentes, como o Brasil, intensificando a volatilidade.

O que esperar com a alta do dólar?

A combinação de alta do dólar e queda na bolsa de valores indica um cenário desafiador para o mercado financeiro brasileiro nos próximos meses. A forte dependência do Brasil de commodities e a influência das políticas econômicas dos Estados Unidos continuarão a ser fatores críticos. Investidores devem ficar atentos às tendências globais e locais para navegar nesse ambiente econômico incerto e volátil.

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