Alckmin mostra otimismo para queda da taxa de juros

O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), se mostrou otimista para a retomada na redução da taxa básica de juros (Selic) na próxima reunião do Conselho de Política Monetária (Copom). A fala ocorreu à imprensa, após a participação do ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços no 16º Encontro da Enafer, em Joinville (SC).

Geraldo Alckmin – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Alckmin afirmou que o juros real brasileiro é o segundo maior do mundo, que chega a 7% com a manutenção da Selic a 10,50%. Conforme o vice-presidente, a Selic deveria ser menor, considerando a inflação inferior a 4%.

De acordo com Alckmin, existe a expectativa de uma queda na taxa de juros dos Estados Unidos, que possibilitará a baixa no percentual brasileiro. Alckmin projetou redução na próxima reunião do Copom, porque, nesse meio tempo, o governo poderá esclarecer o comprometimento com a questão fiscal.

Recentemente, o Copom optou por manter a taxa básica de juros a 10,50% na última reunião, que ocorreu nesta quarta-feira (19). A decisão do Conselho foi unânime quanto à manutenção da Selic.

Sanção do Mover dia 2 de julho e baixa na taxa de juros

Alckmin declarou que o programa Mover será promulgado no dia 2 de julho.  Alckmin afirmou que o projeto irá ajudar o financiamento em pesquisa e inovação, com um incentivo de R$3,5 bilhões para a indústria automotiva.

Lula e Alckmin – Foto: Ricardo Stuckert/PR

– Tudo da ferramentaria ligado ao setor automotivo, entra na apresentação dos projetos para o over e têm crédito tributário de R$3,5 bilhões – disse à imprensa.

Além disso, o projeto aprovado pelo Congresso aumentará a arrecadação do governo. Conforme o texto, haverá a taxação de compras internacionais de até o US$50, chamada de “taxa das blusinhas”.  Dessa forma, o espaço fiscal que o imposto proporcionará também irá possibiliar uma redução na taxa de juros.

Em entrevista nesta semana, o presidente Lula disse que manterá a taxação quando sancionar o Mover, sobretudo para manter o acordo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), com o Congresso Nacional. Assim, mesmo Lula sendo contrário à medida, ele confirmou a manuntenção da alíquota de 20% sobre as remessas internacionais de até 50 dólares.

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