O deputado Hildo Rocha (MDB-MA), que liderou o movimento para derrubar a PEC do voto impresso antes do recesso, disse que a proposta pode ser salva caso as novas regras comecem a valer em 2024, em vez de 2022. A declaração foi em entrevista ao site O Antagonista. Como o deputado explicou à Arko Advice, sua principal preocupação é com a logística e o prazo para a aquisição e instalação de impressoras pelo TSE. Contudo, a ideia de um meio-termo tem menor adesão entre outros parlamentares, principalmente da oposição. Para eles, o projeto é visto como um ataque de Bolsonaro à credibilidade das eleições.
“Não há espaço pra dialogar com um relator que usa um estelionatário para defender o voto impresso. Os governos populistas têm como principal alvo atacar as instituições. O que temos na verdade é uma intenção de desqualificar o TSE, usando o voto impresso”, disse Rodrigo Maia (Sem Partido – RJ) à Arko. Maia ocupa uma vaga na comissão especial que trata da PEC por indicação do PSDB, que também conta com outras duas vagas para membros titulares e duas para suplentes.
A PEC do voto impresso passou perto de ser votada em 16 de julho, um dia antes do início do recesso, mas, frente à possibilidade de rejeição da proposta, o presidente da comissão, deputado Paulo Martins (PSC-PR) encerrou a sessão.