TSE abre inquérito administrativo para investigar falas de Bolsonaro contra urnas eletrônicas

Foto: Marcos Corrêa/PR

Em resposta aos ataques do presidente Jair Bolsonaro contra a segurança das urnas eletrônicas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou a decisão de abrir um inquérito administrativo pedindo investigação sobre ataques à legitimidade das eleições por parte do presidente. O TSE também pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão de Bolsonaro no inquérito das fake news.

A abertura dos inquéritos foi aprovada na última segunda-feira (2) por unanimidade no TSE. A sessão marcou a retomada dos trabalhos do Tribunal após o recesso de julho. O presidente da Corte, o ministro Luís Roberto Barroso, disse que as ameaças contra a realização de eleições são condutas antidemocráticas.

Bolsonaro é defensor do voto impresso e mantém um discurso o qual acusa que houve fraudes nas eleições de 2018. Na última semana, ele chegou a convocar uma live para apresentar as provas a respeito de suas acusações, mas acabou admitindo não ter evidências concretas.

A partir dos inquéritos, Bolsonaro vai ser investigado por crimes de corrupção, fraude, condutas vedadas, propaganda extemporânea, abuso de poder político e econômico na realização desses ataques e a disseminação de fake news.

“Essas decisões podem resultar na impugnação do registro da candidatura do presidente, na cassação do seu diploma ou até mesmo na sua inelegibilidade nas próximas eleições. Nos próximos dias, os chefes dos três poderes devem fazer uma reunião para apaziguar um pouco os ânimos e reduzir a tensão”, avaliou Cristiano Noronha, analista da Arko Advice.


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