Previstos para serem realizados de setembro a dezembro deste ano ainda, três leilões para contratação de energia estão despertando interesse de grupos investidores. O objetivo é fazer frente às necessidades de médio e longo prazo do sistema brasileiro e superar problemas criados pela atual escassez de chuva.
O primeiro certame, que ocorre na quinta-feira (30), visa expandir o parque gerador no médio prazo contratando usinas para iniciar atividade em 2026 (A-5). Para outubro, está previsto o leilão emergencial relacionado à atual crise hídrica. Em dezembro, o governo realiza novo leilão para reforçar a capacidade de geração.
A compra de energia de reserva foi organizada às pressas como mais uma medida para enfrentar a crise hídrica. A proposta é angariar mais energia para o sistema entre 2022 e 2025, aliviando as hidrelétricas e ajudando na recuperação dos reservatórios.
Os projetos para geração solar precisarão estar localizados no Sudeste, no Centro-Oeste e no Sul, regiões que mais têm demandado geração. Usinas térmicas que fazem cogeração a partir da biomassa mostram-se com fôlego para entrar na disputa.
Mudança de fonte
O BNDES elabora projeto de parceria com a Eletrobras para estudos que permitam substituir o óleo diesel por fontes renováveis, como eólica e solar, na geração de energia elétrica na Amazônia. O acordo integra o “Pactos de Energia”, compromisso público assumido por empresas na Organização das Nações Unidas (ONU).
A partir do diagnóstico, que demandará três anos, será proposto um plano de ação. A Eletrobras deve investir R$ 3 bilhões em dez anos — R$ 295 milhões por ano —, sendo boa parte desses recursos para substituir o óleo combustível por fontes renováveis de energia na região, conforme previsto na lei de capitalização da empresa.
O diretor de geração da Eletrobras, Pedro Jatobá, acredita que os resultados devem ser adotados até 2030. Mas ele disse que, no final de 2024, “a gente já terá condições de dizer qual é o horizonte que vamos atingir até 2030”.