A pesquisa do instituto IPEC para a disputa ao Palácio dos Bandeirantes é mais um levantamento que indica um favoritismo para o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) no embate com o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) pelo governo de São Paulo (SP). Tarcísio possui uma vantagem de 5 pontos percentuais entre os votos totais e 6 pontos quando consideramos apenas os votos válidos.
CANDIDATOS | VOTOS TOTAIS (%) | VOTOS VÁLIDOS (%) |
Tarcísio de Freitas (Republicanos) | 46 | 53 |
Fernando Haddad (PT) | 41 | 47 |
Brancos/Nulo | 9 | – |
Indecisos | 4 | – |
*Fonte: IPEC (09 a 11/10)
Interessante observar que, de acordo com o IPEC, na capital e região metropolitana de SP, Fernando Haddad vence Tarcísio de Freitas por 54% a 46% entre os votos válidos. Já no interior do estado, a vantagem é de Tarcísio, que supera Haddad por 60% a 40%.
Ou seja, o antipetismo, que costuma ser mais forte no interior paulista do que na capital, está desequilibrando o segundo turno em favor de Tarcísio de Freitas. Também beneficia Tarcísio o fato de sua rejeição (29%) ser inferior à registrada por Haddad (43%).
Como no segundo turno o eleitor escolhe o candidato que menos rejeita, o índice mais baixo de Tarcísio é outra vantagem importante em favor do ex-ministro.
Apesar de contar com o apoio dos ex-governadores Geraldo Alckmin (PSB) e Márcio França (PSB), Fernando Haddad encontra obstáculos para avançar em direção ao centro. Até agora, nenhuma legenda localizada fora do campo de esquerda foi atraída.
Embora Haddad tenha tentado, ainda na fase da pré-campanha, conquistar o apoio do PSD, esse partido acabou indicando o ex-prefeito de São José dos Campos (SP) Felício Ramuth como o vice de Tarcísio.
No segundo turno, apesar de líderes históricos do PSDB terem apoiado o ex-presidente Lula (PT) na disputa nacional, em SP, os tucanos anunciaram apoio a Tarcísio. Além disso, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) manifestou apoio “incondicional” a Jair Bolsonaro.