O senador e ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN), que concorreu à presidência do Senado contra o reeleito Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi escolhido líder da oposição na Casa. O nome de Marinho contou com o aval não só do PL, mas também do PP e do Republicanos, partidos que deram sustentação no Congresso, ao governo de Jair Bolsonaro (PL).
Na disputa pela presidência do Senado, na quarta-feira da semana passada (1º/02), como candidato de seu partido, do PP e do Republicanos, Rogério Marinho recebeu 32 votos. Rodrigo Pacheco conquistou mais dois anos à frente do cargo que já ocupava, obtendo 49 votos.
O nome de Rogério Marinho para a função de líder da oposição foi definido ontem (segunda-feira). A vaga também era cobiçada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), que atuou como líder do governo Bolsonaro no Senado.
Com o anúncio de Rogério Marinho, o governo Lula vai enfrentar três ex-ministros de Bolsonaro no Senado. Além dele, Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, será líder do PP. E Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil, será líder da minoria parlamentar.
O conceito de minoria reúne o partido ou o grupo de partidos que se opõe à chamada maioria parlamentar, partido ou bloco partidário daqueles que estão em maioria, normalmente formando a base de apoio de quem ocupa o Palácio do Planalto.
O filho mais velho de Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (RJ), vai continuar na liderança do PL. O senador Mecias de Jesus (Rep) será líder do Republicanos. Nesse partido, estão filiados o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (RS) e da ex-ministra Damares Alves (DF).
Os três partidos que apoiaram a candidatura de Rogério Marinho na disputa contra Rodrigo Pacheco (PL, Progressistas e Republicanos) formam um bloco parlamentar denominado Vanguarda. Juntos, os três reúnem 22 senadores. Desses, sete integraram o governo Bolsonaro.