Riscos da conta de estabilização superam benefícios, avalia Adolfo Sachsida

Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

Em audiência realizada na Câmara nesta terça-feira (21), o ministro Adolfo Sachsida, de Minas e Energia, se posicionou ainda sobre a criação de uma conta de estabilização, outra possibilidade defendida pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Para ser viabilizada, a medida precisaria da aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permita a criação de outra exceção ao teto de gastos.

Para Sachsida, o uso dos dividendos da Petrobras para custear uma conta de estabilização de preços pode gerar efeitos colaterais indesejados. O principal deles seria a falta de combustíveis. “Quando se cria um fundo, o preço deixa de refletir a verdadeira escassez de um bem. Quando isso acontece, a demanda vai ser mais alta que a oferta”, analisou.

Ele aponta ainda que a criação de outra PEC aumentaria a percepção de risco de investidores e poderia aumentar a desvalorização do Real, gerando uma reação em cadeia que poderia até mesmo eliminar os possíveis benefícios do fundo.

“Podemos correr riscos perigosos. Entendo a proposta, podemos debater, mas hoje tenho uma posição contrária a essa ideia. Hoje os riscos do fundo de estabilização superam benefícios”, disse, lembrando também que a legislação eleitoral poderia inviabilizar a criação de um benefício tributário neste ano.

Postagens relacionadas

Câmara aprova PL que flexibiliza regras de licitações em casos de calamidade pública

Lula sanciona reoneração da folha de pagamentos

Oposição apresenta a Pacheco pedido de impeachment de Moraes

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais