O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (13) em Recife, onde se encontrava em campanha eleitoral pelo segundo turno, que havia acertado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a desoneração da folha de pagamento da Saúde, uma das medidas para custear o piso salarial da enfermagem.
Bolsonaro disse, no discurso, que tinha pedido ao ministro para “desonerar a folha da Saúde no Brasil. São 17 setores que já estão desonerados”. O presidente não disse quando esta medida seria colocada em prática e nem deu detalhes sobre o impacto fiscal.
Um projeto nesse sentido está parado hoje no Senado, e não deve ser votado antes do fim das eleições no dia 30 deste mês.
“Hoje, o setor não desonerado paga um imposto sobre a folha, em média, de 20%. Com a desoneração, passa a ser de 1% a 4% do faturamento bruto da empresa”, disse Bolsonaro.
Em Washington (EUA), onde se encontra participando de reuniões do FMI e do Banco Mundial, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu ontem a desoneração da folha de pagamento na área da saúde, prometida pelo presidente, para compensar o custo do pagamento do piso salarial da enfermagem.
Paulo Guedes afirmou que tinha recebido telefonema do presidente Jair Bolsonaro pela manhã sugerindo o corte de impostos, que já existe para outras 17 categorias.
O ministro disse que o impacto na arrecadação do governo deve ficar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2,5 bilhões. “O número não é espantoso. Como é um número comum, falei ao presidente que parece razoável”. O ministro, que defendeu uma desoneração geral para tirar trabalhadores da informalidade.