Presidente assina termo de posse de 37 ministros, definidos em negociações com os partidos

Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva faz pronunciamento em Brasília

Lula assinou os termos de posse dos 37 ministros em ato no Palácio do Planalto, após os cumprimentos que recebeu dos chefes de Estado estrangeiros. Os últimos 16 nomes foram anunciados pelo próprio Lula na quinta-feira, três dias antes da posse. A escalação com todos os nomes dos auxiliares do primeiro escalão só foi definida na véspera da posse.

As costuras excluíram representantes do PT de pastas para as quais já haviam sido convidados. Nos lugares deles entraram indicados por legendas de centro, como MDB, PSD e União Brasil. Ao todo, serão nove partidos representados que representam 262 deputados (51%) na Câmara.

No Senado, os partidos respondem 45 senadores (55%), mas nem todos irão apoiar o governo. O primeiro ato de Lula como presidente foi a revogação de decretos de Jair Bolsonaro, incluindo medidas que facilitavam o acesso a armas.

O novo presidente também determinou a revisão, em 30 dias, de decisões que impuseram sigilo sobre informações da administração anterior e ordenou que ministros apresentem planos para interromper privatizações de empresas públicas, como Petrobras e Correios.

No discurso que fez no Congresso, atacou a herança deixada pelo antecessor e sinalizou que o Estado passará a ter maior papel na economia, com o controle de estatais e bancos públicos para preservar o “patrimônio nacional”. Chamou o teto de gastos de “estupidez” e falou em nova lei trabalhista.

Lula assume seu terceiro mandato como presidente da República sob desconfiança de parte do empresariado e do mercado financeiro. Para o setor privado, Lula terá em mãos um país diferente de 2003, quando assumiu a presidência pela primeira vez, e deverá enfrentar pressões do seu próprio partido para conduzir a agenda econômica e levar o país de volta ao crescimento.

Para colocar a população pobre no Orçamento, o presidente terá o grande desafio de equilibrar os programas sociais com as contas públicas. As próximas semanas serão importantes para entender quais serão as diretrizes da política econômica do novo governo, afirmaram empresários

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