O senador Plínio Valério (PSDB-AM), membro da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), conversou com Arko Advice na última sexta-feira (26) e falou sobre as expectativas para a sabatina de André Mendonça prevista para esta semana; a PEC dos Precatórios e as prévias.
Posteriormente à entrevista, no sábado (27), a votação das prévias do PSDB foi retomada, tendo como resultado a vitória do governador de São Paulo, João Dória.
Foi também definida para esta quarta-feira (1/12) a sabatina do indicado ao STF, André Mendonça, na CCJ.
Qual o clima na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) sobre a sabatina de André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF)?
Quanto à sabatina e à aprovação do nome de André Mendonça, não vejo problema nenhum. Conversei com alguns senadores e todos vão optar pela aprovação. Ainda não temos conhecimento do nome do relator. A data também não foi marcada, mas fomos convocados para o esforço coletivo e acredito que ele será aprovado.
Em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, há acordo no PSDB sobre o relatório do senador Fernando Bezerra (MDB-PE)?
Além disso, como os senadores estão vendo o texto aprovado na Câmara sobre o Auxílio Brasil? No PSDB não há acordo. Estamos fazendo algumas observações baseadas na PEC do senador José Aníbal (PSDB-SP). Vamos decidir, mas está muito difícil votar o relatório do senador Fernando Bezerra. Em relação ao Auxílio Brasil, as mudanças que fizeram no texto foram para melhor. Tiraram a correção anual e o leque de benefícios vai aumentar. Isso facilita para nós. O problema é que chega no Senado em cima da hora, muito perto do prazo de validade. Nós temos que
aprovar, sem fazer mudanças. Geralmente, a gente acaba aprovando como veio da Câmara.
O senhor acha que elas podem gerar sequelas no partido?
Eu torço para que as prévias não deixem sequelas. Mas, vendo a forma como o Arthur Virgílio [pré-candidato, ex-prefeito de Manaus] se dirige ao Eduardo Leite [pré-candidato, governador do Rio Grande do Sul] e ao deputado Aécio Neves [PSDB-MG], e como o João Doria [précandidato, governador de São Paulo] se dirige ao Leite, tenho medo de que o partido não saia unido dessas prévias.