A Petrobras assinou na semana passada o contrato de venda de sua segunda refinaria, a Isaac Sabbá (Remam), em Manaus, no valor de US$ 185,5 milhões. A primeira unidade vendida foi a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, negociada com o fundo Mubadala no valor de US$ 1,65 bilhão, mas ainda pendente de conclusão.
A operação de venda decorre de compromisso assumido pela empresa com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de quebrar o monopólio no setor. Ao todo, a Petrobras se comprometeu a vender oito unidades, ou seja, todo o seu parque de refino fora do eixo Rio-São Paulo.
A Remam tem capacidade de processamento de 46 mil barris/dia e um terminal de armazenamento. O comprador é o Grupo Atem’s, sediado em Manaus, que opera no ramo de distribuição de combustíveis e atua no Acre, Amazonas, Pará, Mato Grosso, Rondônia e Roraima. Trata-se de uma das dez maiores distribuidoras do país, com mais de 300 postos em regime de franquia.
A Petrobras pretendia vender as oito refinarias previstas em seu plano de desinvestimento, mas as negociações atrasaram com a eclosão da pandemia. Recebeu propostas vinculantes das seguintes empresas: Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), de Fortaleza; Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), do Rio Grande do Sul; Refinaria Gabriel Passos (Regap), de Betim, em Minas Gerais; e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), de São Mateus do Sul, no Paraná.
As negociações com os grupos interessados nessas unidades acham-se em curso. A Petrobras informou que não houve proposta vinculante pela Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco.