O pedido de criação de uma CPI para apurar os atos terroristas de domingo coletou 31 assinaturas avança no Senado. Dos 81 senadores, eram necessárias 27 adesões. O pedido foi apresentado pela senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), ex-aliada de Bolsonaro.
Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Braga (MDB-AM), que apoiavam o ex-presidente, assinaram o requerimento. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) divulgou em uma rede social que o parlamento “dará resposta aos terroristas e a todos queles que, de alguma forma, participaram das ações que mancharam a imagem da Nação”.
A Procuradoria Geral da República pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que seja aberta investigação contra o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). O STJ é o tribunal responsável por julgar processos relacionados a governadores.
O afastamento do governador foi determinado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, depois dos atos de destruição no domingo. Assumiu a sua vice, Celina Leão (PP-DF), que também é apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O Tribunal de Contas da União estuda responsabilizar o governador afastado, Ibaneis Rocha, o ex-secretário da Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, e grupos radicais pela depredação e cobrar reparação financeira pelos prejuízos.
“Todos serão responsabilizados civil, política e criminalmente pelos atos atentatórios à democracia, ao estado de direito e às instituições, inclusive pela dolosa conivência – por ação ou omissão – motivada pela ideologia, dinheiro, fraqueza, covardia, ignorância, má-fé ou mau-caratismo”, afirmou o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Em reunião com líderes do Senado, Flávio Bolsonaro (RJ), líder do PL na Casa, criticou o ministro Alexandre de Moraes pela decisão que afastou Ibaneis Rocha (MDB) do Governo do DF e tentou livrar o pai de qualquer responsabilidade pelos atos de domingo.
A reunião ocorrida ontem, segunda-feira (9), foi fechada, mas segundo os relatos, Flávio Bolsonaro ressaltou que o governador do DF foi reeleito em primeiro turno e é um absurdo que ele tenha sido retirado do cargo por 90 dias em uma “canetada” de Moraes, de forma monocrática.