O gesto do PT de abrir mão da candidatura de Humberto Costa ao governo de Pernambuco não conseguiu apaziguar a disputa com o PSB sobre as candidaturas de uma eventual federação partidária. O recuo de Humberto Costa abre espaço para Danilo Cabral, candidato do PSB. O PT fez questão de ressaltar que Humberto liderava as pesquisas no estado, como forma de mostrar que está fazendo sacrifícios pela união.
Em entrevista publicada hoje na Folha de S.Paulo, o vice-presidente do PT, José Guimarães, disse que o PT não aceita tomar “pito” (ser repreendido) por outro partido. “Não estamos pedindo favor a ninguém para compor a federação”, disse.
Guimarães respondia a uma entrevista do presidente do PSB, Carlos Siqueira, em que o dirigente cobrou reciprocidade do PT – quer que os petistas abram mão de candidaturas na mesma medida que demanda renúncias do PSB. Guimarães respondeu:
“Esse tipo de posição do presidente do PSB não ajuda, só atrapalha, e complica fortemente aquele desejo que é quase unânime na bancada de deputados do PSB e de muitos deputados do PT”.
Independente de Pernambuco, o entrave de verdade é em São Paulo, onde Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB) reclamam a mesma vaga. Enquanto esse impasse não for resolvido, é difícil que o clima entre os dois partidos se amenize e a federação seja concretizada.