O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, acompanhado de presidentes das companhias Docas, discursou em Abu Dhabi, Oriente Médio, no último domingo (14) sobre os projetos de desestatizações portuárias nas reuniões com fundos soberanos árabes. Ao longo da semana, o ministro já havia se reunido com operadores de infraestrutura da França, Itália e Espanha.
“O setor portuário brasileiro mostrou o quanto é importante ao longo da pandemia e agora queremos que o investimento privado seja revolucionário para o incremento da logística”, defendeu Tarcísio. Segundo o ministro, a parceria com a iniciativa privada é fundamental para transformar o país. “É por isso que temos o maior programa de concessões do mundo, sem dúvida nenhuma”, avaliou. O programa terá novas rodadas com fundos árabes até a próxima quarta-feira (17).
Dois dos projetos de desestatizações portuárias disponíveis na carteira de ativos do MInfra estão em estágio mais avançado: o da Companhia Docas do Espírito Santo/ES (Codesa) e do Porto Organizado de Santos (SP). O primeiro já está em fase avançada de análise no Tribunal de Contas da União (TCU) e, assim que liberado, possibilitará a publicação do edital para o leilão. São estimados mais de R$ 780 milhões em investimentos para transformar o porto da capital capixaba.
Quanto ao porto de Santos, os estudos de viabilidade do projeto estão em reta final, antes do início da etapa de audiência pública para a contribuição da sociedade com sugestões visando o aprimoramento da desestatização, com leilão previsto para 2022. De acordo com Tarcísio Freitas, os investimentos privados podem chegar a R$ 16 bilhões para a expansão, inclusive com a realização de todas as obras estruturais necessárias para tornar o maior porto do Hemisfério Sul.