Ministro da Casa Civil diz que economia não seguirá dogmas de esquerda e direita

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou em entrevista ao jornal Valor que a condução da economia no novo mandato de Lula não seguirá dogmas, sejam eles de esquerda ou de direita. Para o ministro, é “absoluto excesso e precipitação” dizer que as primeiras horas do novo governo apontam o risco de descumprimento das promessas de campanha de que a administração Lula respeitaria contratos, garantiria estabilidade e previsibilidade aos agentes econômicos.

O ministro também fez um alerta: o governo também não se deixará intimidar por falas que considerar radicais no campo econômico. Rui Costa afirmou a determinação do presidente no sentido de ampliar as possibilidades de investimentos e que as medidas em estudos buscam ampliar, e não restringir, as oportunidades para o setor privado atuar.

“Teremos investimento público direto, investimento 100% privado e um misto entre os dois. Tem um leque de possibilidades”, disse. Rui Costa também falou sobre os desencontros ocorridos na primeira semana de governo. Discordou do discurso de posse do ministro da Previdência, Carlos Lupi, de que não há déficit da Previdência.

“Isso é negar a realidade. Vamos ter um negacionista dentro do nosso governo?” Em relação à prorrogação da desoneração dos combustíveis de tributos federais (Pis e Cofins) o ministro disse que prevaleceu a preocupação com um “repique” da inflação

 

Posse de Simone

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, tomou posse em cerimônia concorrida no Palácio do Planalto ontem, quinta-feira, pela manhã, deixando claro que há divergências entre o seu pensamento econômico e o do PT. Mas foi convencida de que as diferenças de pensamento são propícias à democracia.

A senadora se comprometeu com a responsabilidade fiscal e o controle dos gastos públicos e disse que a equipe terá um perfil “austero, mas conciliador”. “Fiquei surpresa porque fui parar justamente na pauta com a qual que eu tenho alguma divergência, mas estou ao lado desse time da economia que vai fazer a diferença, fazer com que esse governo dê certo, apresentando propostas corretas para não faltar orçamento para as políticas”,

A senadora afirmou que fará parte do quarteto, núcleo da equipe econômica de Lula, ao lado de Fernando Haddad (Fazenda), Geraldo Alckmin (Indústria e Desenvolvimento) e Esther Dweck (Gestão e Inovação).

 

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