O Ministério de Minas e Energia publicou na edição de sexta-feira (23) do Diário Oficial portaria que estabelece o calendário de leilões de energia elétrica para o triênio de 2023 a 2025. São previstos sete certames por ano.
A pasta marcou o leilão de termelétricas da lei da Eletrobras para julho de 2024 e de 2025. A contratação de 8GW (gigawatts) de capacidade de usinas térmicas a gás natural em regiões sem infraestrutura foi imposta pelo Congresso quando aprovou a lei que tratava da privatização da estatal.
Segundo o governo de transição do presidente eleito, Lula (PT), essa medida deve ter custo de R$ 368 bilhões aos consumidores. O coordenador do grupo técnico de Minas e Energia, Mauricio Tolmasquim (ex-diretor executivo da pasta no primeiro mandato de Lula), afirmou que o futuro governo tentará reverter a contratação dessas usinas.
Segundo o atual ministro, Adolfo Sachsida, o custo apontado pela equipe de Lula é “mera expectativa, que já mostra sinais de inconcretude”. Isso porque o 1º leilão, em setembro, contratou só três projetos. Na última segunda-feira (19), com a divulgação da nova tarifa de energia de Itaipu houve um momento histórico para o país, segundo informou o ministério em seu site.
Desde 2009, a tarifa paga pelos consumidores da energia gerada por Itaipu era de US$ 22,60/kW. Desta vez foi reduzida, pela primeira vez, em 8,2%, após treze anos de congelamento. Segundo o ministério, trata-se da segunda redução, o que possibilitará uma tarifa na energia de Itaipu 43,94% mais barata em relação ao início de 2019.
A tarifa de Itaipu foi reduzida, pela primeira vez, em 8,2%, após 13 anos de congelamento. Em 2022, passou para US$ 20,75/kW, o que permitiu a redução da conta de luz dos consumidores da energia gerada pela usina.
Agora, a redução será ainda maior. A tarifa, para o ano de 2023, será 38,9% menor do que em 2022. A nova tarifa reflete a redução do serviço da dívida da usina e do Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (Cuse).
Em 2019, a dívida de Itaipu era de US$ 2,07 bilhões e cairá para US4 277,3 milhões no ano que vem. A tarifa, que, em 2019, era de US$ 22,60/kW, passará para US$ 12,67, o que representa redução de mais de R$ 9 bilhões na conta paga pelos consumidores da energia gerada pela usina, segundo o ministério.