O governo pretende investir R$ 1,7 bilhão para revitalizar e intensificar obras em rodovias e ferrovias. O Ministério dos Transportes dá início ao plano para recuperar malha rodoviária e dar seguimento a projetos ferroviários, principalmente as chamadas “short lines” (ferrovias de curta extensão), que serão implantadas no modelo de autorização.
Nas rodovias, o plano prevê retomada da manutenção de quase 14 mil quilômetros, que estão a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) e que se encontram em pior condição.
O Plano de 100 dias, anunciado nesta quarta (18), foi concebido para melhorar a qualidade das rodovias brasileiras, com ações prioritárias. Nas rodovias, foco será retomar e intensificar obras, preparar rodovias para os meses que restam do período de chuvas, garantir o escoamento da safra agrícola e diminuir o número de acidentes graves.
Segundo o ministro Renan Filho, a previsão é de entrega de 861 quilômetros pavimentados, revitalizados e sinalizados até abril de 2023. Ainda haverá a construção e revitalização de 72 pontes e viadutos no mesmo período.
As principais entregas estão incluídas em 12 rodovias que cortam o país: BR-432/RR, BR-364/AC, BR-116/CE, BR-101/SE, BR-116/BA, BR-080/GO, BR-101/AL, BR-381/MG, BR-447/ES, BR-163/PR, BR-470/SC e BR-116/RS.
Em relação à malha rodoviária concedida ao setor privado, o ministro dos Transportes lembrou os processos em andamento para novos leilões.
Os dois casos mais avançados, e em relação aos quais, ele anunciou empenho do governo para a realização dos certames, são os trecos das BRs-381, em Minas, e 040, entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Esses dois projetos foram preparados pelo governo anterior e aguardam a publicação dos editais com regras e datas dos leilões.
No setor ferroviário, o ministro mencionou revisão do marco legal aprovado pelo Congresso. Qualquer alteração pretendida, deverá ser submetida à avaliação de deputados e senadores.
O ministro também citou os novos projetos do setor ferroviário, com a criação do modelo de permissão para que grupos privados construam novas ferrovias. O ministro citou os casos das chamadas “short lines”, ferrovias de extensão menor e que se conectam aos grandes troncos, explorados sob concessão.