Metade dos presos pelos atos de vandalismo recebeu auxílio emergencial do governo

Metade das pessoas que se encontram presas pelos atos de vandalismo praticados no dia 8 de janeiro recebeu auxílio emergencial do governo, apontam dados da Procuradoria-Geral da União (PGR).

A PGR elaborou um traçou perfil dos identificando que a maioria possui idade entre 36 e 55 anos. Há em torno de mil detidos em Brasília, homens na Penitenciária do Complexo da Papuda e mulheres na Penitenciária Feminina (Colmeia), localizada na cidade satélite do Gama.

De acordo com o perfil elaborado pela PGR metade dos detentos recebeu auxílio emergencial. O benefício foi criado no governo Bolsonaro para conceder renda mínima a brasileiros de baixa renda.

Os dados apurados pela PGR indicam também que menos de um quinto dos presos possui filiação partidária. A análise foi feita por um grupo de trabalho vinculado à área de perícia da PGR criado para auxiliar no tema, devido ao grande volume de informações. Segundo informações da PGR “como resultado desse trabalho conjunto, em pouco mais de um mês, mais de 800 denúncias foram apresentadas à Justiça”.

Com o cruzamento de dados, a PGR indicou que “foi possível fazer uma espécie de raio-x de cada investigado, o que contribui para a individualização das condutas atribuídas a cada agente envolvido nos atos”.

 

AGU fora

O ex-presidente Jair Bolsonaro retirou a AGU de sua defesa em 28 processos, mesmo com a prerrogativa de poder continuar contando com a atuação dos advogados públicos.

Os processos passarão para bancas privadas e advogados aliados do ex-presidente. Esses casos incluem multas sanitárias por realizar passeatas de motocicletas sem máscara durante o período de pandemia, apuração dos atos antidemocráticos e investigação a pedido da CPI para investigar a conduta do ex-presidente em relação à Covid.

Dos 28 processos, 20 estão no STF sendo 17 em fase de investigação. Os demais estão em outras instâncias do Judiciário. Há três casos em que, apesar de o ex-presidente ter constituído advogados privados, ministros já haviam negado os pedidos de abertura de investigação formulados por parlamentares.

As principais apurações estão sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro também é alvo de investigação para apurar se ele interferiu na autonomia da Polícia Federal e se ele vazou informações sigilosas de inquérito da Polícia Federal sobre invasão hacker ao TSE.

 

 

 

 

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