A previsão do mercado financeiro, instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC), para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021, dado que estabelece a inflação oficial do país, subiu de 6,11% para 6,31%. A estimativa está no boletim Focus desta segunda-feira (19), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC, com a projeção de indicadores econômicos brasileiros.
Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,75%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3,06%, respectivamente.
A estimativa do mercado para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.
No mês passado, a inflação desacelerou para 0,53%, depois de chegar a 0,83% em maio. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses.
Taxa de juros
Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 4,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2021 em 6,75% ao ano. Para o fim de 2022, a estimativa é que a taxa básica suba para 7% ao ano. E tanto para 2023 como para 2024, a previsão é 6,50% ao ano.
PIB e câmbio
As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central ajustaram a projeção para o crescimento da economia brasileira, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB), deste ano de 5,26% para 5,27%. Para 2022, a expectativa para PIB é de crescimento de 2,10%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeto expansão do PIB em 2,50%.
A expectativa para a cotação do dólar se mantém em R$ 5,05 ao final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,20.