Marcelo Thomé declara que a agenda do clima é grande oportunidade para o Brasil

Marcelo Thomé, presidente da Federação das Indústrias de Rondônia (FIERO) e da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho (ADPVH) / Foto: Gustavo Porto/Agência CNI de Notícias

O presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcelo Thomé, declarou, durante live Brasil Pró-Clima, na última terça-feira (24) que o país é um líder mundial na participação de alternativas renováveis na geração de energia, com forte presença dos biocombustíveis. Esse status torna a agenda do clima uma grande oportunidade para o Brasil. Também enfatizou que a nação possui enorme potencial de uso sustentável das florestas.

O evento foi realizado pela CNI em parceria com o canal AgroMais e discutiu o lugar da agroindústria na agenda climática. Tereza Cristina, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, deu ênfase à agroindústria brasileira como parte da solução para as questões climáticas.

Para a ministra, faz-se necessário reconhecer o papel do setor na mitigação e adaptação às mudanças climáticas, com ações como o plantio direto, as florestas plantadas, o programa Renovabio, para expansão da produção de biocombustíveis, e a política de bioinsumos. Tereza Cristina alertou que “Além da emergência climática, temos globalmente a emergência de combate à fome e pobreza, acentuada pela pandemia de Covid-19”.

Thomé, que também atua como presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), disse ainda que a CNI defende uma estratégia nacional para estruturar a economia de baixo carbono, baseando-se em quatro pilares: precificação do carbono, conservação das florestas, economia circular e transição energética.

O Instituto Amazônia+21, foi estabelecido com o intuito de promover iniciativas inovadoras em prol do desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal. O presidente da FIERO também afirmou que existe uma consciência do empresariado e uma visão de que a questão climática é uma agenda de oportunidades para além de questões regulatórias.

Christian Lohbauer, presidente da Croplife, associação que conta com 48 empresas fornecedoras de insumos agrícolas, compartilha da mesma opinião. De acordo com ele, o Brasil pode vir a ser uma superpotência da biotecnologia e biologia, ambos ramos que estão na fronteira tecnológica.

Lohbauer assinalou que o uso que o Brasil tem feito dos recursos biológicos é incrível e há grande potencial para geração de prosperidade com a conservação do meio-ambiente. O representante da Croplife alertou que é preciso valorizar a trajetória sustentável da agricultura brasileira, cuja imagem vem se desgastando graças ao desconhecimento generalizado do país.

Orlando Ribeiro, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, acredita que o peso da questão energética é maior no combate à mudança climática. Segundo ele, o crime do desmatamento ilegal acontece, especialmente, na “franja” de urbanização da Região Amazônica e que o governo está comprometido com a meta de zerar o desmatamento ilegal até 2030. Para isto, o governo requer o apoio da iniciativa privada tanto no âmbito nacional como no internacional.

Na visão de Ribeiro, entre as principais soluções para a questão está a regularização fundiária. Thomé concordou declarando que além de ser central no combate ao desmatamento, é um instrumento de desenvolvimento econômico para a região Amazônica.

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