A pesquisa Exame/Ideia Big Data divulgada esta quinta-feira (23) aponta que o ex-presidente Lula (PT) lidera a sucessão com 45% das intenções de voto. O presidente Jair Bolsonaro (PL) é o segundo colocado com 36%. Vale registrar que, em relação ao levantamento anterior (maio), Lula e Bolsonaro cresceram quatro pontos.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) registra 7% e a senadora Simone Tebet (MDB) aparece com 3%. Considerando a margem de erro – 3 pontos percentuais para mais ou para menos – Ciro e Simone podem estar tecnicamente empatados. Os demais candidatos somam 2,6%. Brancos, nulos e indecisos somam 7%.
Na menção espontânea, a vantagem de Lula sobre Bolsonaro é menor: 5 pontos (35% a 30%). Em seguida aparecem Ciro (4%) e Simone (1%). Brancos, nulos e indecisos somam 28%. Desse total, 19% são eleitores indecisos.
De acordo com a pesquisa, as rejeições de Bolsonaro (44%) e Lula (42%) equivalem. Ciro é rejeitado por 18% e Simone por apenas 12%.
Nas simulações de segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 48% a 41%. Brancos, nulos e indecisos somam 10%. Em maio, Lula tinha 46% e Bolsonaro 39%.
O Ideia Big Data destaca que aumentou a possibilidade da eleição se definir em primeiro turno. Neste momento, Lula teria 48,07% dos votos válidos. Como a margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, não é possível precisar se a disputa teria um ou dois turnos.
O instituto destaca que é importante observar o desempenho de Ciro Gomes. Como ele apresenta uma intenção de voto estável, seu desempenho será decisivo para o desfecho da eleição em um ou dois turnos.
Outro aspecto destacado é que a região Sudeste terá grande peso na definição da eleição. E hoje, de acordo com o Ideia Big Data, as rejeições de Bolsonaro e Lula na maior região do país são altas.
Interessante observar que a pesquisa, realizada de 17 a 22 de junho, não captou a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro. Mesmo assim, observamos números adversos a Jair Bolsonaro. Por exemplo, para 53% dos entrevistados, o presidente não merece ser reeleito. Já 43% avaliam que Bolsonaro merece um novo mandato. Para 56%, o Brasil está no rumo errado, enquanto 38% avaliam que o país está no rumo certo.
A principal vulnerabilidade de Bolsonaro – e, consequentemente, a maior força do Lula – é a economia. Temas como o desemprego (29%), inflação (24%) e fome/miséria (9%) somam 62% das preocupações dos eleitores.
Já os assuntos relacionados à corrupção (10%), segurança pública (1%), moral e costumes (1%) e STF (1%), pautas frequentemente abordadas por Bolsonaro, somam apenas 13% das preocupações.