A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (6) aponta um cenário de estabilidade na sucessão. O ex-presidente Lula (PT) lidera com 45% das intenções de voto. O presidente Jair Bolsonaro (PL) registra 31%. Em relação ao mês passado, Lula oscilou um ponto para baixo (46% para 45%) enquanto Bolsonaro oscilou um ponto para cima (30% para 31%).
Apesar das variações estarem dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, vale observar que, desde março, Lula ficou estável, passando de 44% para 45%. Bolsonaro, por outro lado, cresceu cinco pontos (26% para 31%).
Na terceira posição aparece o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) com 6%. A senadora Simone Tebet (MDB) e o deputado federal André Janones (Avante) registram 2% cada. E Pablo Marçal (PROS) somou 1%. Brancos, nulos e indecisos contabilizam 12%.
Temos, neste momento, uma indefinição se a eleição terá um ou dois turnos, pois Lula aparece com 51,72% dos votos válidos. Apesar desse percentual ser suficiente para o ex-presidente vencer em primeiro turno, temos que considerar aspectos como a margem de erro e o fato de que haverá abstenção – as pesquisas não consideram, por exemplo, os índices de abstenção em seus levantamentos.
Outro aspecto importante, e que poderá ajudar Jair Bolsonaro positivamente, é o pagamento do Auxílio Brasil no valor de R$ 600, o vale-gás, auxílios para caminhoneiros e taxistas, além da queda do preço dos combustíveis a partir da redução do ICMS. Também vale observar que as denúncias que atingiram o ex-ministro Milton Ribeiro – e que serão alvo de uma CPI – e o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães não provocaram efeito nas intenções de voto de Bolsonaro.
Num eventual segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 53% a 34%. Brancos, nulos e indecisos somam 13%. No mês passado, a vantagem de Lula era um pouco maior 20 pontos (54% a 32%). No segundo turno, o grande obstáculo de Bolsonaro continua sendo sua rejeição (59%), superior à registrada por Lula (41%).