Lula intensifica gestos aos governadores; Reforma Tributária será teste dessa aproximação

A pauta Reforma tributária será um dos primeiros testes de governabilidade da gestão Lula no Congresso. Com três representantes no grupo de trabalho da reforma tributária (de um total de 12) criado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a bancada do Amazonas se articula para defender a manutenção dos incentivos fiscais à Zona Franca de Manaus. O grupo de trabalho da reforma tributária pode ter sua primeira reunião nesta semana.

O modelo de desenvolvimento do parque industrial do estado é alvo de polêmica, e pode ser colocado em xeque, caso o Congresso decida levar adiante o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45, que servirá de ponto de partida para as discussões da reforma. Hoje, as empresas instaladas na Zona Franca são isentas de IPI.

O governo federal intensificou os gestos de aproximação com governadores, especialmente os de oposição, na tentativa de reforçar a construção de sua base de apoio no Congresso. O diálogo estabelecido com os chefes dos Executivos estaduais, além de melhorar a relação federativa, também contribui para os interesses do Palácio do Planalto no Senado.

Dos 16 senadores que se elegeram em 2022 com apoio de Jair Bolsonaro (PL), pelo menos sete se mostraram alinhados aos governadores eleitos ou reeleitos também graças à força do bolsonarismo no ano passado. É o caso do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Rep), que concorreu tendo o ex-ministro Marcos Pontes (PL) como candidato ao Senado na chapa.

 

Parceria em São Paulo

Ao lado de Lula (PT), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), agradeceu a parceria com o presidente em São Sebastião, cidade do litoral paulista em situação de calamidade pública depois de fortes chuvas na semana passada. O governador reforçou a cooperação com o governo federal e disse que a presença de lula na região “dá amparo e conforto”.

“Trabalhando em conjunto, nós vamos conseguir fazer a diferença”, disse Tarcísio. Lula abraça o governador e diz que a cena, ocorrida na semana passada, não era vista há muito tempo no país. “O bem comum do povo é muito mais importante do que qualquer divergência que a gente possa ter”, afirma o presidente.

 

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