O presidente Lula embarca no dia 26 para a China, à frente de uma delegação com 240 empresários, conforme informou ontem, sexta-feira, o Ministério de Relações Exteriores. Desses empresários, 90 são do agronegócio. Segundo o Itamaraty, a viagem dos empresários não é custeada pelo governo brasileiro. Da delegação constarão também parlamentares e ministros.
A viagem terá duração de quatro dias e o encontro de Lula com o presidente Chinês, Xi Jinping ocorrerá no dia 28. Será o primeiro entre ambos. A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. Nessa viagem, o governo brasileiro vai buscar reforçar os laços com Pequim e diversificar os produtos que exporta para o país. O Brasil quer mudar o perfil do comércio, atualmente baseado na exportação de commodities e na importação de manufaturados. Os chineses acenam com investimentos na indústria automobilística.
“Um dos temas da visita é o desenvolvimento que envolve também a tecnologia, mudança do clima, transição energética e o combate à fome. É um momento em que o Brasil e a China também falam para o mundo, isso também estará nos objetivos”, afirmou o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty.
O embaixador afirmou que há 20 acordos prontos para assinatura entre os dois países, abrangendo áreas diversas como: saúde, agricultura, educação, finanças, indústria, ciência e tecnologia.
Segundo o Itamaraty, um dos acordos refere-se ao Cbers-6, primeiro satélite sino-brasileiro para monitoramento da superfície da Terra, com foco em florestas.