Em entrevista ao canal de televisão da RedeTv, o presidente Lula admitiu a possibilidade de concorrer à reeleição em 2026, apesar de ter descartado essa hipótese ao longo da campanha eleitoral no ano passado. O presidente disse que precisa “aproveitar a vida” e que agora não pensa em ser candidato.
No entanto, afirmou que participar da campanha pela reeleição pode acontecer se houver “uma situação delicada” e ele se sentir com a saúde perfeita. “Se eu puder afirmar para você agora, eu falo ‘não serei candidato em 2026’. Eu vou estar com 81 anos de idade”,
Lula disse que precisa “aproveitar um pouco a minha vida. Isso é o que eu posso dizer agora. Só posso ser candidato se eu tiver com saúde perfeita, mas com saúde perfeita, 81 de idade, energia de 40 e tesão de 30”, respondeu à indagação de poderia concorrer pela 7ª vez à Presidência (Lula perdeu três disputas e ganhou três, até agora).
Na mesma entrevista, Luiz também afirmou que pode buscar rever a autonomia do Banco Central quando terminar o mandato do atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto, o aque ocorrerá no início do ano que vem. “Quero saber do que serviu a independência. Eu vou esperar esse cidadão (Campos Neto) terminar o mandato dele para a gente fazer uma avaliação do que significou o banco central independente”, disse.
Questionado sobre se poderia haver mudança em relação à autonomia, confirmou. “Eu acho que pode, mas… quero dizer que isso é irrelevante para mim. Isso é irrelevante, isso não está na minha pauta. O que está na pauta é a questão da taxa de juro”, disse.
PL fora da Mesa do Senado
Derrotado na disputa pela presidência do Senado, o PL acabou sem cargos na Mesa Diretora da Casa e tenta negociar espaço em comissões. O MDB e o PT ficaram com os dois principais postos: a 1ª vice-presidência e a 1ª secretaria. A votação para os demais cargos do Senado ocorreu um dia após a vitória de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O presidente do Senado manteve na Mesa Diretora seus principais aliados e abriu espaço para o PSB e o Podemos. Cada um dos cargos poderia ter sido disputado no voto. Os três partidos que apoiaram o senador Rogério Marinho (PL-RN) – PL, PP e Republicanos – não apresentaram candidatos. A chapa proposta por Rodrigo Pacheco foi eleita, assim, por 66 votos a 12 e duas abstenções.