Pelos cálculos da Pré-Sal Petróleo (PPSA), o governo vai arrecadar em torno de R$ 25 bilhões nos próximos cinco anos com o terceiro leilão de petróleo da União, realizado na sexta-feira. A estatal enfrentou a concorrência da francesa TotalEnergies e da chinesa CNODC. No entanto, apresentou os maiores ágios sobre os preços de referência, calculados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A Petrobras arrematou todos os 55,7 milhões de barris oferecidos e pagará o valor ao longo da vigência dos contratos, que variam de três a cinco anos, dependendo do lote. Segundo a PPSA, os contratos devem ser assinados em três semanas. O volume de petróleo ofertado refere-se à parcela a que a União tem direito, nos contratos de partilha, sobre a produção dos campos de Búzios, Sapinhoá, Tupi e Mero, todas na bacia de Santos.
O diretor-presidente da PPSA, José Eduardo Gerk, após o certame de sexta-feira falou sobre o leilão dos volumes excedentes da cessão onerosa das áreas de Sépia e Atapu, marcado pela ANP para 17 de dezembro. Conforme esclareceu, os volumes que cabem à União nesses contratos serão inicialmente pequenos. A expectativa da PPSA, afirmou, é que a estatal tenha que realizar nova licitação, para ofertar as cargas de óleo da União nesses dois campos, somente entre 2023 e 2024.
Gerk lembrou que ainda há muitos leilões pela frente, citando a comercialização do petróleo a que a União tem direito nos contratos de partilha do pré-sal. Pelos seus cálculos, devem ser geradas receitas em torno de US$ 116 bilhões entre 2022 e 2031. A arrecadação será fruto da venda de 1,5 bilhão de barris no período.