Início do processo de votação da PEC da Transição, na Câmara, ficou para amanhã, quinta

Plenário da Câmara dos Deputados. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Ficou para manhã, quinta-feira, o início do processo de votação da PEC da Transição, com a qual o governo eleito espera poder gastar mais nos próximos dois anos. Anteriormente, a expectativa era de que os debates começariam hoje. No entanto, o adiamento ocorreu para aguardar o julgamento STF das emendas de relator, conhecidas como orçamento secreto.

Além disso, haverá mais tempo para que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receba os partidos e indique quais espaços terão no Executivo a partir do mês que vem. O líder do União Brasil, deputado Elmar Nascimento (BA), foi designado oficialmente relator durante reunião ontem do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com os líderes dos partidários na Casa.

Arthur Lira (PP-AL) afirmou que a conclusão da votação da PEC da Transição vai ficar para a próxima terça-feira. O cronograma frustra os planos da equipe de Lula, que contava com a aprovação do texto ainda nesta semana. Indagado se a negociação de cargos com o governo eleito poderia ser um entrave à votação da PEC, o presidente da Câmara negou. “A gente tem que parar com essa história de vender ‘toma lá, dá cá’ o tempo todo”, disse Lira.

Lula vem sinalizando a aliados que costuras políticas e a votação da PEC da Transição na Câmara devem adiar o anúncio final da composição da Esplanada dos Ministérios para as vésperas do Natal. O objetivo do presidente eleito é concentrar anúncios de ministros políticos —principalmente de partidos aliados— para depois da aprovação da PEC.

Trata-se de estratégia para medir sua força no Congresso e a fidelidade dos partidos na disputa por espaço em seu governo. Mas, aliados do presidente destacam que ministros de perfil mais técnico poderão ser anunciados até sexta (16).

Lula viaja nesta quarta, à noite, para São Paulo. Em sua agenda na capital de São Paulo, consta reunião com o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, cotado para um ministério e que enfrenta resistências na entidade que preside. O pai de Josué, José Alencar, foi o vice-presidente de Lula nos dois primeiros mandatos do atual presidente eleito.

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