Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10/12), mostraram que a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve variação de 0,95% em novembro. Com isso, a taxa é a maior taxa para o mês desde 2015 (1,01%).
Pelo terceiro mês consecutivo, o resultado veio abaixo das previsões do mercado financeiro, que projetava variação de 1,10%. O resultado representa uma desaceleração frente a outubro, quando a alta do IPCA havia sido de 1,25%. A inflação acumulada em 12 meses se aproxima de 11%. É, para o ano, é o maior acumulado desde novembro de 2003 (11,02%).
A meta da inflação projetada pelo Banco Central para 2021 era de 5,25%. Com o resultado, o IPCA está distante do objetivo inicial. Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta de preços em novembro. A maior variação (3,35%) e o maior impacto (0,72 ponto percentual) vieram dos transportes.
O setor foi influenciado pelos preços dos combustíveis, especialmente da gasolina (7,38%). O item teve, mais uma vez, o maior impacto individual no índice do mês (0,46 ponto percentual). Também houve altas nos preços do etanol (10,53%), do óleo diesel (7,48%) e do gás veicular (4,30%). Com o resultado de novembro, a gasolina acumula, em 12 meses, avanço de 50,78%. O etanol registra alta de 69,40%. O diesel subiu 49,56%.