Indenizações pagas pela Braskem ativam o mercado imobiliário de Maceió

O mercado imobiliário de Maceió estará em alta até o final do próximo ano segundo o estudo realizado pela Mercatus e o escritório de investiment banking SG Capital. As causas da reação do mercado passam pelo choque de oferta nos bairros afetados pelas rachaduras na cidade e o acordo firmado pela Braskem.

A empresa já pagou mais de R$ 2 bilhões aos moradores, que agora buscam outras localidades onde pretendem residir. Ao todo, a Braskem, que foi apontada como causadora das rachaduras em bairros como Bebedouro, Mutange e Pinheiro, já pagou R$ 2,9 bilhões em indenização.

De acordo com o estudo, a maioria dos moradores que precisou sair de suas residências procurou imóveis próximos de onde já residiam. Barro Duro (26%) e Farol (23%) ocupam os primeiros lugares na lista de bairros ocupados por essas pessoas atualmente.

Outros, em percetaual menor, que chega a 6% são Tabuleiro do Martins, Ponta Verde, Antares, Jatiúca, Feitosa e Ipioca. Segundo o economista e coordenador da pesquisa, Manoel de Arruda, é notório que os preços dos imóveis na cidade estão elevados.

Parte disso decorre dos danos em alguns ponotos da cidade, que precisaram ser evacuados devido ao afundamento pela extração de sal-gema realizada pela empresa. “Seja restringindo a quantidade de imóveis ofertados, porque esses imóveis deixaram de poder ser utilizados, seja pelo aporte de dinheiro das compensações”, afirma o economista e coordenador da pesquisa, Manoel de Arruda.

Ele afurna que, “como a Braskem colocou mais dinheiro na capital, mais dinheiro nesse mercado, os preços se elevaram”.  Acrescentou que “existe arrefecimento, acomodação do preço, porque está diminuindo a quantidade de compensações, a quantidade de dinheiro a ser injetado tá diminuindo. Já foram quase R$ 3 bilhões injetados, vem mais quase R$ 800 milhões a ser injetados, mas está acabando. Isso que hoje está pressionando o preço, está diminuindo”.

“A creditamos que para o final de 2023 a tendência é crescer menos, ou acomodar os preços. Sendo que as pessoas precisam do imóvel hoje, então como ela pega essa compensação e precisa desse imóvel hoje, ela vai pagar mais caro”, conclui o economista.

De acordo com o Índice FipeZap, Maceió teve o maior aumento de preço de imóveis entre as capitais do Nordeste nos últimos 12 meses.

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