Ibama discute licenciamento ambiental de ferrovia (PR-MS)

Obras de implantação do Polo de Cargas do Sudoeste de Goiás da Ferrovia Norte-Sul, trecho Rio Verde-Santa Helena de Goiás. Foto: Beth Santos/Secretaria-Geral da PR)

Prosseguem, nesta semana, as audiências públicas promovidas pelo Ibama para debater o licenciamento ambiental da Nova Ferroeste, projeto ferroviário que pretende ligar o porto de Paranaguá (PR) a Maracaju (MS), proposto como Corredor Oeste de Exportação.

Reunião prevista para hoje, em Paranaguá, dará continuidade ao processo iniciado na segunda-feira (16) em Dourados (MS), que prosseguiu na quarta-feira em Guaíra (PR) e na quinta-feira, em Cascavel (PR). Para esta semana estão agendadas sessões em mais três cidades paranaenses: São José dos Pinhais (24); Guarapuava (26); e Irati (27).

Os trilhos da nova ferrovia passarão por 49 municípios nos dois estados. A expectativa do governo do Paraná é que a ferrovia transforme o porto de Paranaguá no hub logístico da América Latina, com uma possível interconexão futura de três países: Brasil, Paraguai e Chile.

A ferrovia também terá ligação com a Norte-Sul, quando esta avançar em direção ao Rio Grande do Sul. O Ministério de Infraestrutura tem na pauta a discussão da renovação antecipada da Malha Sul da Rumo (ligação entre o Sudeste e o Sul do país), como já ocorreu com a Malha Paulista. Essa renovação antecipada do contrato de concessão permitiria a conexão com os trilhos da Nova Ferroeste.

Saída para o Pacífico

Em entrevista concedida ao Valor, no início do mês, o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, informou ter recebido a incumbência de pensar projetos de infraestrutura para os próximos quatro anos, caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja reeleito.

Sampaio disse que, para o setor ferroviário, o projeto que considera transformador é o acesso ao Oceano Pacífico. “Simples não é. Seria como um novo canal do Panamá”, afirmou. Explicou que há quatro propostas de ferrovia fazendo a conexão com a Ásia de uma forma bem mais rápida do que hoje.

A solução mais viável, em sua avaliação, é a saída por Mato Grosso do Sul, passando pelo Paraguai e chegando ao Chile. “Do meu ponto de vista, é o caminho mais interessante”, declarou, acrescentando que a binacional Itaipu pode vir a participar do empreendimento.

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