Guedes culpa o Congresso pelo não avanço das reformas

Paulo Guedes: “Devo, não nego, pago quando puder” Marcos Corrêa/PR

Em evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta terça-feira (7/12), o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar sobre a dificuldade de avançar com as reformas econômicas propostas pelo governo. Segundo ele, o entrave da agenda de reformas não se deve à falta de interesse do governo, mas é por causa de dificuldades com o Congresso.

“A reforma tributária está lá (no Congresso). Sentamos com o senador Roberto Rocha, finalizamos tudo. É só aprovar. Não é só a PEC 110, está lá o Imposto de Renda também. Eu acho um sinal de inteligência aprovar um imposto sobre dividendos de 15% porque todo mundo já está falando que, quando vier, virá no progressivo, 30%”, disse. Segundo Guedes, “foi um sinal de pouca inteligência não aprovar” a reforma do Imposto de Renda.

O ministro também alfinetou a entidade anfitriã do evento. Em discurso, disse que a CNI não pode ser sustentada por impostos sobre a folha de pagamento. “É uma arma de destruição de empregos. Se não falarmos a verdade uns para os outros, não vamos ter sucesso. E a verdade é que esse financiamento é equivocado”, disse. “Um trabalhador para ganhar mil reais, custa R$ 2 mil para a empresa. O trabalho [da CNI] é brilhante, mas temos que tributar de outra forma e assegurar esse financiamento”, argumentou, aplaudido pela plateia.

No evento, com um público formado majoritariamente por empresários, a CNI entregou ao Governo um documento com 44 propostas sugeridas para a retomada da indústria e do emprego em 2022. Entre as principais sugestões estão a de tributação, financiamento, infraestrutura e inovação. Nos últimos 10 anos, a indústria de transformação brasileira perdeu espaço no PIB brasileiro e na produção mundial, e encolheu, em média, 1,6% ao ano.


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