Greve de servidores do meio ambiente ganha força

Uma parte dos servidores das carreiras ambientais, como do Ibama, ICMBio e Ministério do Meio Ambiente (MMA), votaram para o início de uma greve geral a partir da última semana de junho. Essa posição foi aprovada em assembleias dos sindicatos em dez estados.

Foto: Ascema

Atualmente, apenas algumas áreas dos órgãos ambientais estão paradas. Mesmo sem uma greve oficial, os servidores paralisam as atividades de campo, o que impede a realização de procedimentos de licenciamento ambiental. Agora, a paralisação pode chegar a todas as atividades, impossibilitando também a realização de procedimentos internos e burocráticos.

No dia 7 de junho, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) formalizou o fim da mesa de negociação com a área ambiental do funcionalismo público. Segundo a Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema), representação nacional da categoria, a greve seria uma resposta à decisão do governo de finalizar a mesa de negociação que tratava das demandas dos servidores.  Na segunda-feira (10), Lula criticou as lideranças sindicais por não encerrarem as paralisações na educação. 

A última proposta do governo foi de reajustes de 19% a 30%, em 2025 e 2026. De acordo com as contas do Planalto, o impacto fiscal é de R$300 milhões. Caso a oferta fosse aceita, o reajuste total durante este governo Lula seria de 41,7%, considerando o reajuste de 9% feito em 2023. 

Em maio, os líderes sindicais apresentaram uma contraproposta. No entanto, não houve análise sobre o assunto por parte do governo federal. 

Estados decidem sobre greve

Os estados que já votaram a favor da greve são: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraíba, Espírito Santo, Pará, Acre, Rio Grande do Norte (com indicativo para 24/6), Distrito Federal, Santa Catarina, e Bahia (com indicativo para 1/7). São Paulo, Paraná, Tocantins, Roraima, Goiás e Minas Gerais têm votação prevista para hoje. Até o momento, apenas o sindicato do Ceará se posicionou contra a greve.

Na próxima semana, o sindicato nacional (Ascema) deve se reunir para bater o martelo sobre o movimento paredista. Após a decisão final sobre a greve, é preciso avisar o governo com antecedência de pelo menos 72 horas.

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