O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Rep) incumbiu seu Secretário de Governo, Gilberto Kassab, de articular com a equipe do governo Lula uma reunião ainda neste mês para tratar do processo de privatização do porto de Santos.
Kassab mantém boas relações com o presidente, tendo indicado três nomes para o ministério de Lula. E Tarcísio de Freitas quer levar adiante o processo de transferir a empresa que gerencia o maior porto do país para o setor privado.
O governo que se encerrou no dia 31 deste mês pretendia fazer a mudança na direção do porto em 2022, mas não conseguiu. O processo está parado no TCU.
O governador embarca no dia 14 de janeiro para o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça e, na volta espera a reunião com Lula. A data ainda será agendada.
Em seu discurso de posse na segunda-feira (02), o ministro de Portos e Aeroportos, desmembrado do Ministério de Infraestrutura, Márcio França, reafirmou o que havia dito: a política de concessões de portos e aeroportos em curso no país vai ser revista.
Márcio França assegurou que autoridades portuárias como a que administra o Porto de Santos não serão mais transferidas à iniciativa privada. Os terminais portuários poderão ser alvos de concessões.
O governador Tarcísio de Freitas argumenta que, no caso do porto, não se trata de privatização. A União faria concessão da administração do porto por prazo definido contratualmente.
As áreas existentes dentro do perímetro portuário já são arrendadas a empresas privadas. Os chamados terminais portuários funcionam para recebimento de cargas de produtos destinados à exportação ou provenientes do exterior, para o mercado consumidor interno.
O governador tem o trunfo com o resultado obtido na privatização da Codesa (Espírito Santo), o primeiro porto público transferido ao setor privado do ano passado e que já funciona segundo novas regras.