Vacinas para todos, recuperação da economia e redução do uso de combustíveis fósseis. Estas são algumas das principais preocupações da cúpula do G20. O grupo, composto pelos 19 países mais ricos da União Europeia, reuniu-se no sábado (30), para sua 16ª reunião, no Centro de Convenções La Nuvola, em Roma.
O evento foi aberto pelo primeiro-ministro italiano Mario Draghi. Em seu discurso, o presidente Jair Bolsonaro destacou a prioridade que vem sendo dada à melhora nos fluxos de comércio.”Nossas economias recuperam-se à medida em que a crise sanitária é superada. Esses dois processos caminham lado a lado. Ambos têm mostrado a relevância de promovermos um comércio internacional livre de medidas discriminatórias. A integração de nossas economias, por meio de fluxos cada vez maiores de comércio e investimentos, constitui parte das soluções que buscamos.”
Após a plenária sobre “Economia e Saúde Globais”, o Presidente comentou também sobre o auxílio emergencial e sua importância no enfrentamento aos reflexos da pandemia de Covid-19, no Brasil. “Atendemos 68 milhões de pessoas. O Brasil fez o dever de casa e não mediu esforços para atender a população”.
As reuniões do G20 prosseguem neste domingo com a seção 2, sobre Mudanças climáticas e meio ambiente e a Seção 3, que vai debater Desenvolvimento sustentável.
Na embaixada brasileira na Itália, o Presidente Jair Bolsonaro também recebeu o secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o australiano Mathias Cormann.
Entrada na OCDE
Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, o Brasil já cumpriu mais de cem instrumentos de aderência da OCDE, um organismo internacional de assessoria financeira independente. Um dos mais importantes é ser um país com baixo índice de emissão de carbono na atmosfera.
“O Brasil emite, por ano, 1,7% de carbono na atmosfera. A China (que não faz parte da OCDE) expele 30% os Estados Unidos 15%, a União Europeia 14%. Tenho certeza que o secretário Mathias Cormann é um amigo do Brasil e vai analisar nosso pleito com a devida atenção e sensibilizar os outros membros”.
Considerado atualmente um parceiro estratégico, o Brasil espera receber ainda este ano uma carta-convite para ser membro pleno do organismo, decisão que depende da aprovação dos outros 38 sócios, deste que pode ser considerado um clube bastante restrito.