A pesquisa Exame/Ideia Big Data divulgada nesta sexta-feira (27) sobre a disputa de 2022 ao Palácio dos Bandeirantes mostra um cenário de grande equilíbrio.
O ex-governador Geraldo Alckmin, que deve trocar o PSDB pelo PSD, aparece com 19% das intenções de voto. Apesar de estar numericamente à frente dos demais concorrentes, Alckmin empata no limite da margem de erro – 1,75 ponto percentual para mais ou para menos – com o ex-prefeito de Fernando Haddad (PT), que tem 16%.
Alckmin e Haddad também estão tecnicamente empatados com o ex-governador Márcio França (PSB), que tem 15%. Guilherme Boulos (PSOL) soma 14%. O presidente da FIESP, Paulo Skaf (MDB), registra 7%. E o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) tem 5%.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, apontado pelo presidente Jair Bolsonaro como um provável candidato ao governo de São Paulo (SP), soma apenas 2% das intenções de voto, mesmo percentual do deputado federal Vinicius Poit (Novo) e do deputado estadual Arthur do Val (Patriota). Brancos, nulos e indecisos somam 16%.
Conforme podemos observar, a disputa em SP está em aberto. Além da proximidade dos percentuais de Alckmin, Haddad, França e Boulos, existe a possibilidade de Garcia crescer, já que o governo João Doria (PSDB) tem uma avaliação positiva (ótimo/bom) de 25%. 31% consideram a gestão Doria regular. E 41% têm uma avaliação negativa (ruim/péssimo).
No entanto, uma eventual chapa com Alckmin concorrendo a governador, França de vice e Skaf ao Senado seria muito forte. Além disso, as esquerdas, se conseguirem uma união entre Haddad e Boulos, podem chegar ao segundo turno. Por outro lado, uma divisão do PT e PSOL na disputa tende a dificultar o cenário para a esquerda, podendo ser derrotada já no primeiro turno.