O percentual de famílias brasileiras em situação de endividamento atingiu o maior patamar desde novembro de 2022, chegando a 78,8% em maio deste ano. Segundo os dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), houve um aumento de 0,3% em relação a abri e de 0,5% em comparação a maio de 2023.
A pesquisa, que considera endividados aqueles que possuem qualquer tipo de dívida, inclusive compras no cartão ou financiamentos, revela que as famílias continuam buscando crédito, impulsionadas pela queda da taxa básica de juros (Selic). A taxa Selic, que atinge atualmente 10,50%, vem caindo desde agosto de 2023, quando era de 13,75%.
Apesar desse aumento, o índice de inadimplência se manteve estável em 28,6% em maio, mesmo nível do mês passado. No entanto, o percentual de famílias sem condições de pagar as dívidas subiu ligeiramente para 12% em maio, acima dos 11,8% do mesmo período em 2023.
Motivos para o endividamento brasileiro
Atualmente, o cartão de crédito continua sendo o principal responsável pelo endividamento, presente em 86,9% dos casos. Carnês e crédito pessoal figuram com 16,2% e 9,8%, respectivamente, também entre os principais tipos de dívidas. Já o cheque especial apresentou um cenário positivo, representando apenas 3,9% débitos. O menor índice desde o início da pesquisa em 2010.
A CNC projeta que esses porcentuais devem continuar crescendo no Brasil até o final deste ano, quando atingir 80,4%. Sendo assim, a redação do O Brasilianista separou algumas dicas valiosas para evitar o endividamento:
- Planeje a finanças e defina um orçamento mensal;
- Priorize o pagamento de dívidas com juros mais altos;
- Evite compras por impulso;
- Utilize o cartão de crédito com moderação;
- Busque alternativas de crédito mais baratas, como o pessoal ou o consignado;
- Mantenha uma reserva de emergência para imprevistos.